segunda-feira, 12 de abril de 2010

Etnocentrismo

Espaço para debate a partir do texto de Rocha (1994) sobre "o que é etnocentrismo". Inclua o seu parágrafo crítico clicando em "comentários".

21 comentários:

  1. Comentário referente aos textos “O que é Etnocentrismo” de Everardo Rocha e “Interação em sala de aula” de Maria José R.F.Coracini.


    Gostaria de começar este breve comentário partindo da seguinte pergunta: até onde conseguimos ser relativistas sem sermos etnocêntricos? Para mim, esta sem dúvida, é uma questão muito complicada e acredito ainda que, não conseguimos ser totalmente relativistas sem sermos etnocêntricos, não é uma questão de escolha em que dizemos “daqui pra frente serei relativista” e pronto, mas vai muito além disso. Fazendo um link com o texto de Coracini, podemos ver um exemplo desta complexidade na tentativa de uma professora (segmento 8) em deslocar seu olhar etnocêntrico para uma forma relativista de ver as coisas. Até aproximadamente a metade de sua redação, ela consegue desviar seu olhar para tentar entender a realidade de seus alunos, porém mais adiante, a mesma acaba, ainda que sem querer, voltando-se ao seu “grupo”, ou seja, voltando a ser etnocêntrica ao dizer que “aqueles favelados” estavam “tornando-se alunos”. Como afirma a própria autora, “por mais que tentemos nos pôr no lugar do outro, nós jamais seremos o outro”, e é por jamais sermos outro que não conseguiremos aceitar a pluralidade num todo, posso, por exemplo, fazer um esforço para aceitar isto ou aquilo, mas no fundo sempre olharei o outro a partir do meu modo de ver as coisas e o mundo, é inevitável.
    Sem que nos demos conta, olhamos para o “outro” esperando que ele seja igual a nós, ao nosso “grupo”, e se isso não ocorre, naturalmente nos afastamos dele, mas o que podemos dizer desta nossa atitude? Trata-se de uma questão de defesa ou de desprezo? Quem sabe... Afastar-se do que nos ameaça é uma questão de defesa e, a diferença do “outro” de certa forma nos ameaça, porém o “outro” não é um animal, devemos ter em mente que o mesmo também é um ser humano e por isso merece ser respeitado como qualquer pessoa. Conviver com pessoas diferentes é um modo de nos abrir para o mundo, pois assim conseguimos ampliar os nossos conhecimentos e crescermos como seres humanos, além disso, nos proporciona um autoconheciemento. Todavia, não é nada fácil esta aceitação, esta abertura para conhecer o “outro”, muito menos conviver com ele, mas não penso que sejamos nós os culpados por tudo isto. Quando há pessoas de culturas diversas, dividindo um mesmo espaço, não se pode evitar o choque cultural, mais cedo ou mais tarde este acontecerá, no entanto, é importante que saibamos lidar com este choque sem que desprezemos o “outro” e a sua cultura. A nossa responsabilidade social e profissional como professores, segundo a autora, nos leva a rever posições, a ouvir o outro, a deixá-lo nos ensinar... Assim o que podemos e devemos fazer para mudarmos é começarmos por nossas atitudes, que as vezes por mais banal que pareça já é um (re)começo; respeitar o outro e agir pensando no seu contexto é o primeiro passo para que possamos conviver em harmonia com as diferenças, não é fácil fazê-lo, mas também não é impossível.

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  3. Ao fazer a leitura do texto ‘O que é etnocentrismo’, de Everardo Rocha, nos deparamos com um fenômeno bastante conhecido, e talvez justamente por isso o texto se torne interessante e de fácil entendimento, que até então não possuía ‘nome’ ou palavra que o definisse, pelo menos para mim.
    Pode-se entender o etnocentrismo como uma ampliação, e até conseqüência, de nossa visão egocentrista perante as coisas. Enquanto o egocentrismo fixa apenas no particular e individual, o etnocentrismo abrange nossos modelos, valores, verdades, filosofias, instituições, etc. Parte-se então do pressuposto equivocado de que a maneira de viver que escolhemos e praticamos é a mais correta e, sobretudo a melhor em comparação com todas as outras. Portanto tudo aquilo que não se enquadra em nossas verdades é fortemente negado, muitas vezes antes mesmo de se conhecer o ‘adversário’.
    A partir do momento em que se desconhece o grupo do ‘outro’ são criadas inferidas definições e julgamentos de valor a respeito destes, porém, na maior parte das vezes desconsiderando o contexto social geral do grupo que se está falando, e partindo apenas dos pressupostos logicamente distintos do ‘eu’ que pressupõe.
    Em locais como as escolas e, principalmente, em salas de aula o tópico do etnocentrismo com certeza estará bastante presente, seja entre os próprios alunos, entre professores e alunos, nos livros didáticos que serão utilizados e até mesmo entre os professores.
    Com certeza, a escola será um espaço bastante rico no aprendizado da relativização dos fatos, tanto no caráter pessoal, quanto profissional, para que desta forma convivamos mais com as diferenças ali presenciadas, e que se aprenda a retirar de cada delas uma a sua melhor parte, ou pelo menos, o seu devido respeito enquanto diferença.

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  4. O texto “O que é etnocentrismo” de Everardo Rocha nos permite fazer uma reflexão sobre algo que é encontrado e vivenciado no nosso dia a dia, que está inerente a nossa sociedade e que, portanto, é de extrema importância que tenhamos conhecimento e possamos olhar para este fenômeno de forma crítica, para assim entendermos melhor a nós mesmos e ao outro.
    Através deste texto, o autor nos leva a pensar sobre as diferentes formas de ver o mundo, pois cada indivíduo, de acordo com a sua cultura e história pessoal irá enxergar as coisas a sua maneira, fazendo referências a sua “bagagem” pessoal.
    Obviamente, a visão do etnocentrismo é perceptível mais facilmente quando existe um choque cultural muito evidente, entre pessoas de sociedades e culturas muito distintas, onde cada um crê que a sua forma de vida e a sua maneira de pensar é que estão corretas, e não consegue entender como o outro vive e é feliz ao modo dele. Porém, se observarmos atentamente, chegaremos a conclusão de que temos atitudes etnocêntricas frente a tudo aquilo que nos causa o mínimo de estranhamento, e não apenas com pessoas de sociedades e culturas muito distantes das nossas. Costumamos questionar e não entender qualquer comportamento que for diferente do nosso, e temos dificuldade de entender e nos colocarmos no lugar do outro para tentar nos aproximar da maneira como ele pensa.
    Acredito que a reflexão sobre este fenômeno é muito importante para todos, porém, para nós futuros professores, é indispensável, pois, dificilmente encontraremos uma sala de aula homogênea, onde todos pensam e sentem da mesma forma e de acordo com aquilo que esperamos.
    Como professores, devemos ter consciência de que é comum que haja um estranhamento quando a cultura do “outro” for diferente da nossa, no entanto, temos que nos esforçar para tentar entender a cultura do outro e aceitar essas diferenças de forma a não sermos preconceituosos. Para que isso ocorra é importante que façamos reflexões como a que foi proporcionada por este texto, pois, desta maneira podemos entender que jamais conseguiremos “ver” como o outro, mas podemos tentar entender “como” e “porque” ele vê diferente de nós.

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  5. O texto etnocentrismo de Everaldo Rocha nos leva a fazer uma série de reflexões sobre o comportamento de certos grupos sociais. O estudo nos mostra uma visão de mundo que considera meu grupo como padrão para julgar os comportamentos de outros grupos. Daí surge críticas e rejeições para com as diferenças do outro, portanto, podemos chamar estas atitudes de estranhamento ou choques entre culturas diferentes. Do meu ponto de vista, para superar as atitudes etnocêntricas temos que em primeiro lugar compreender que cada cultura ou classe social surge de um lento processo de adaptação do ser humano ao meio em que está inserido. Portanto, quando estamos em um ambiente com diversas culturas, temos a obrigação de respeitar as diversidades culturais, mesmo sabendo que existe um choque entre culturas. Lembrando que nossa atitude como educador e até mesmo com cidadão é respeitar a cultura do outro sem fazer distinções ou críticas. Sabemos que conviver com a diferença, ainda é um tabu para nossa sociedade. Penso ainda, que a diferença é generosa e nos serve como peça fundamental no contraste com o outro, e também nas possibilidades de escolha.

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  6. A Invisibilidade do Etnocentrismo Repercutindo na Interação

    Baseado nos textos “O que é Etnocentrismo” de Everardo Rocha e “Interação em sala de aula” de Maria José R.F.Coracini.

    A invisibilidade do etnocentrismo me deixou bastante intrigada. Todos nós temos atitudes etnocêntricas sem percebemos. Norteamos nossas relações sociais baseados em nossa bagagem cultural, ou seja, em nossa identidade. O “outro” que possui uma identidade diferente, uma carga cultural que nos é estranha acaba sendo negado, rotulado e evitado. Acredito que o etnocentrismo seja uma forma de proteção “natural” e “inconsciente” do ser social.
    A identidade do próximo, sendo diferente da nossa, nos coloca em conflito interno por quebrar um esquema cultural adquirido que julgamos “perfeito”. Sendo assim, devemos sempre estar atentos a cultura do próximo. Procurar relativizar aquilo que vemos além de difundirmos o relativismo como forma de evitar “pré-conceitos”. Como educadores ou futuros educadores temos o dever de incorporar práticas que anulem o preconceito. Ensinar a ver o “outro” a partir de sua cultura evitando comparativos. Só se concretiza a interação verdadeira entre indivíduos se uns respeitarem as individualidades dos outros.
    A interação em sala de aula “como co-operação, ação conjunta de professor e aluno, a fim de desencadear o processo de ensino-aprendizagem” só ocorrerá se o professor aceitar as especificidades étnicas que encontrará perante si. Numa sala de aula são encontradas muitas formas de agir, pensar e expressar e também diversos interesses sociais, culturais e de conhecimento. O docente tem que se colocar no ponto de vista do aluno para tentar captar suas expectativas. Sabemos que se aprende melhor quando há um interesse ou uma razão de ser para aquilo que é ensinado. Porém enquanto nos mantermos centrados em nossa identidade não haverá interação.

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  7. Eu achei super interessante o texto sobre o etnocentrismos, porque trata sobre algo que todos os seres humanos possuem, em maior ou menor grau, ser etocentrico esta na nossa constituição como ser racional, as vezes sem querer estamos avaliando o outro, mas o problema maior do etnocentrismo e ver o mundo do outro a partir do meu, ai que esta o choque de culturas, pois assim como os portugueses tiveram uma visão do índio, negativa, nos temos as nossas observações da cultura, do modo como o outro vive. Penso que o etnocentrismos às vezes não passa de preconceito em relação ao modo de como o outro se encontra, por exemplo, nas aulas de conversação com o professor Moacir, haviam discussões que nós nem pensávamos que poderia haver relação com o etnocentrismo, até ler o texto, uma dessas discussões se deu em torno de certas tribos africanas, que até hoje preservam rituais que são considerados tenebrosos por nós ocidentais, mas o problema é que a cultura de um povo é a sua identidade e não podemos ver ela e criticá-la sem fazermos parte dela, essa crítica não pode vir a denegrir essa identidade. Nós discutíamos e entre nós mesmos haviam preconceitos em relação a esses rituais. Mas ai eu me pergunto será que temos a capacidade de não sermos etnocêntricos, mesmo quando o ambiente que estamos inseridos nos faz ter esse comportamento?
    Maicon Fernandes Vaz de Souza.

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  8. A partir da leitura do texto “etnocentrismo” do autor Everardo Rocha, surgiu um questionamento bastante interessante: até que ponto o ser humano consegue ser relativista?
    Vivemos em uma sociedade no qual o que nos abala ou foge das nossas regras, acaba por nos perturbar e causar preconceitos.
    Olhar o contexto de forma a levar em consideração o “outro” foge das nossas regras e daquilo a que estamos acostumados. Parece-nos mais adequado ver a “diferença” de uma forma etnocêntrica, pois compreender esta diferença, não está de acordo com nossas características e tudo aquilo que já vem enraizado das gerações passadas, desde a nossa colonização. É observado pelo autor, que os portugueses viam os índios de acordo com suas “regras”, não procuraram observar a cultura a partir do olhar do povo indígena, e é isso que fizemos por muitos anos. Olhar a cultura do ‘outro’ do seu ponto de vista, nos pareceu uma submissão, mas mesmo hoje em dia, ainda temos a dificuldade de compreender melhor aquilo que não está enraizado em nós.
    Parece hipócrita, dizer que hoje estamos “abertos” a novas culturas, pois observamos que vários movimentos sofrem preconceitos por fugirem do que é considerado padrão. Dizer aceitar o que é “diferente” é fácil, mas vemos que na realidade, é puro fingimento, pois as atitudes falam por si só.
    Ainda temos que aprender a conviver com aquilo que nos parece “diferente”, relativizar de forma concreta, aprender a ver a riqueza cultural que o “outro” pode nos oferecer, só assim, unificando nossos pontos de vista ( aspectos culturais) , poderemos dizer que nos tornamos uma sociedade relativizadora.

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  9. Tendo em mãos a leitura sobre “ o que é etnocentrismo” de Everardo Rocha e direcionando nossa visão para dentro da sala de aula, podemos observar que esse ambiente é repleto de grupos e subgrupos que tentam adquirir seu espaço e identidade. Cada grupo enxerga o “outro” com estranhamento, receio, muitas vezes com preconceito o que acaba gerando conflitos no ambiente escolar. Diante dessa diversidade cultural existente dentro da sala de aula qual o papel do professor? Pois o professor também pertence a um grupo, também tem suas preferências, sua identidade cultural, perante a essa questão como ele irá se posicionar em sala de aula?
    Essa é uma pergunta que não tem uma resposta exata, pois cada ser humano é único, cabe ao professor se livrar de preconceitos e respeitar cada identidade distinta existente no ambiente escolar, fazendo a mediação entre os grupos para que a sala de aula se torne um ambiente de cordialidade onde haja o respeito e compreensão mútua.
    È muito difícil deixarmos de lado nossas vivências, toda uma cultura que trazemos a muitos anos, mas como professores temos que agir com relativização, pois os alunos tem que se sentir num ambiente cordial e agradável, onde a sua forma de ser e agir não seja visto com preconceito e refutação. Cabe ao professor mostrar as diferenças existentes, e que todos podem viver em harmonia partindo do ponto do respeito sem preconceito.

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  10. O texto “O que é etnocentrismo” de Everardo Rocha, traz uma questão importante que não abrange só o contexto da sala de aula, mas toda a nossa vida. Julgamos e analisamos as coisas do mundo através da nossa perspectiva, ou seja, o fato de estarmos em uma determinada posição, nos permite ver o que está acontecendo apenas daquele ângulo. O etnocentrismo (estar centrado na sua etnia, na sua cultura) é um olhar limitado que faz juízo de valor com base na sua própria cultura, desconsiderando as diferentes formas de pensar, agir, se vestir, se portar, enfim, as diferentes formas de viver que há no mundo. Este “olhar limitado”, que nada mais é do que julgar com base em sí, é parte de todos nós, e está conosco em todas as situações. Porém, uma vez compreendendo que existem muitos fatores que estão além do nosso campo de visão e entendimento, estaremos caminhando rumo a uma postura mais flexível, relativizadora e crítica da vida.

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  11. Ao começar este Artigo, com o tema “O que é Etnocentrismo” fica a pergunta: Até que ponto somos Etnocêntricos e de que maneira podemos suavizar os efeitos desse fenômeno em nossa sociedade?
    Partindo da premissa que Etnocentrismo é enxergar o mundo através da ótica de tomada de valores e modelos arraigado de nossa cultura.
    Fica minha observação em torno deste assunto que deveríamos relativizar, pois não só na área da educação, mas em toda esfera de atuação encontramos pensamentos diferentes do que acreditamos ser ideal, com este processo devemos criar novas possibilidades de interação, pois é interagindo com novas culturas que nos possibilita aumentar nossos aprendizados.
    É claro que o choque entre culturas diferentes é inevitável, pois como expõe o escritor Everaldo Rocha em seu livro “O que é Etnocentrismo” que relata através de uma citação direta: “A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural”. Concordo com ele, pois se analisarmos nossa própria cultura, um país onde as mulheres adquiriam seu espaço na sociedade, porém sofrem por um preconceito que esta fixada no nosso passado.
    A mulher é ainda no século XXI acometida de certos preconceitos como, por exemplo, no transito, é só engarrafar que logo ouvimos que existe uma mulher na direção. Sobre a visão Etnocêntrica e machista de uma sociedade, o sexo feminino deveria estar pilotando um fogão e não um carro. Acredito que esta visão de que mulher não deve ocupar lugares que era somente atribuída aos homens é antiga, chegou ao Brasil através da colonização, pois relata os livros de história que em 1827, no qual descreve que a primeira Lei de Instrução Elementar no Brasil, que tentava a organização do ensino primário no Império, como descreve o “Art. 6º - Manda criar escolas de primeiras Letras em todas as Cidades, Vilas e lugares mais populosos do Império”. Neste artigo estava previsto aos meninos era para ensinar a ler e escrever, as quatro operações de aritméticas, práticas de quebrados, proporções e geometria, e as meninas a Lei previa somente prendas domésticas. Fica claro que vêm daí vários preconceitos com as mulheres, enfim a meu ver já era tempo de nossa sociedade virar a página do passado e não cultuar visões etnocêntricas, pois devemos relativizar, sendo desta forma surge uma visão que proporcionaria uma sociedade mais compreensível.

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  12. Segundo Everardo Rocha, etnocentrismo é uma visão do mundo onde nosso grupo é tomado como centro de tudo e os outros são pensados e sentidos através de nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência (pg. 7). O etnocentrismo pode ser identificado na história da humanidade e em nossas próprias atitudes do dia-a-dia, com a dificuldade de lidar com a diferença, o estranhamento, o choque-cultural. A visão etnocêntrica do “outro” também pode ser vista como uma reafirmação do “eu”; onde o grupo do “eu” é visto como melhor, superior, já o grupo do “outro” é visto como anormal, ininteligível, inferior. A visão da cultura do “outro” está ligada ao etnocentrismo, onde se julga o valor desta segundo a cultura do grupo o “eu”. Em nossa sociedade, o “outro” e sua cultura são uma representação, uma imagem distorcida e manipulada na maioria das vezes de forma pejorativa e denegrida. Até mesmo nos livros didáticos, temos a visão de determinados estereótipos e etnocêntricos, como a visão que trazem dos índios. Também a mídia em geral difundi imagens estereotipadas e altamente etnocêntricas para reafirmar valores de um grupo dominante. Devemos ver a cultura na sua diversidade, tendo o cuidado para não se prender a estereótipos e reavaliar imagens estereotipadas e etnocêntricas que encontramos nos livros como a figura do índio, dos escravos, de personagens regionais e nacionais. O professor deve incentivar a relativização, que é “quando compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos” (pg.20), incentivar também a compreensão e visão do “outro”, buscando que não haja preconceitos com relação ao “outro”, sua cultura, seu país; às vezes algumas ações e rotulações carregam resquícios de atitudes etnocêntricas, até mesmo sem a percepção do preconceito. Acredito que como professores temos um importante papel em sala de aula, temos que refletir sobre a posição do professor e sobre a sala de aula, olhando-a como um espaço social, de interação entre as pessoas. A sala de aula é um lugar de aprendizagem. O professor deve procurar compreender a cultura dos alunos, passar pelo processo de relativização buscando entender as ações no contexto em que ocorrem e valorizar a singularidade de cada ser.
    (Jéssica Rodrigues)

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  13. O ser humano apresenta inúmeras atitudes etnocêntricas, às vezes sem nem ao menos perceber. A sala de aula é um espaço social, de inter-relações humanas e sendo assim é também um contexto de aprendizagem. Em alguns livros didáticos temos figuras (imagens, representações) etnocêntricas, porém não podemos nos prender a estereótipos, representações distorcidas, imagens preconceituosas e um saber etnocêntrico, mas sim ensinar sem reforçar preconceitos e compreender o outro, sua cultura e seu ponto de vista. O professor deve buscar olhar com cuidado a interculturalidade na sala de aula, respeitando e valorizando a cultura de cada um, compreender a cultura da aula, apresentar a cultura considerando a diversidade. Devemos sempre procurar entender porque determinada ação ocorre daquela maneira, vê-la em seu contexto, colocar-se no lugar do outro, respeitando sua cultura.
    Jéssica Rodrigues

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  14. A dificuldade de pensar a diferença, de termos sentimento de estranheza diante daquilo que se faz de outra maneira, que não a "normal" em nosso meio é comum na sociedade em que vivemos.
    O choque cultural muitas vezes é estimulado por um mundo competitivo, onde você tem de ser "o melhor" e para isso utilizar o recurso da inferiorização do outro é mais uma artimanha na sociedade do "vale tudo".
    Diante de toda a evolução do decorrer dos tempos me parece sureal que nos comportemos e vejamos as coisas de modo tão semelhante ao de nossos antepassados. Ainda hoje temos como verdade a crença de que há um povo melhor que outro,uma nação mais evoluída que outra.
    Interessante seria que além de ir à sala de aula com um olhar relativista, conseguissemos instigar os alunos quanto a esses conceitos, estimulando a problematização e a visão do contexto em que as coisas acontecem. Estimular sempre o respeito entre as diversas culturas e perceber o quanto isso nos enriquece, nos abre possibilidades diversas, novas alternativas que deixam de ser ameaça e passam a ser opção.
    A visão relativizadora nos possibilita uma concepção a partir de vários ângulos, especialmente do quanto é necessário mais do que conviver com a diferença: é preciso aceitá-la e ter conciência de que a verdade de teu grupo não é unica e absoluta.

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  15. ETNOCENTRISMO”

    Estive lendo os comentários dos colegas sobre o texto “Etnocentrismo”, de Everaldo Rocha, e muitas coisas me chamaram a atenção, sobretudo os questionamentos, os quais também foram feitos em aula. Será impossível para mim, escrever meu comentário sem que o meu discurso esteja diretamente influenciado pelos discursos dos colegas que me antecederam. Como o blog é um espaço de troca de ideias, de diálogo, vou “conversar” com os comentários dos colegas, trazendo citações e buscando explicitar a autoria.
    Como ia dizendo, os questionamentos feitos a partir da leitura desse texto me chamaram muito a atenção. São eles: Até que ponto conseguimos ser relativistas sem sermos etnocentrismo? (Fabiane), Até que ponto o ser humano consegue ser relativista? (Rê Lopez), Até que ponto somos etnocêntricos e de que maneira podemos suavizar os efeitos desse fenômeno em nossa sociedade? (Lucimara). As três questões partem da mesma dúvida: É possível ser totalmente relativista?
    Na maioria dos textos aparecem as justificativas para a postura etnocêntrica. Segundo Ana Paula Giffoni: “Costumamos questionar e não entender qualquer comportamento que for diferente do nosso, e temos dificuldade de entender e nos colocarmos no lugar do outro para tentar nos aproximar da maneira como ele pensa”. Concordo inteiramente com ela, apenas acrescentaria que “o etnocentrismo é uma forma de proteção “natural” e “inconsciente” do ser social” (Ana Carolina).
    Partindo dessas duas premissas concluo que, como já disse em um outro comentário e como a Fabiane afirma no texto dela também, “mesmo que tentemos nos colocar no lugar do outro, jamais seremos o outro”. Logo, ser tOtAlMeNtE relativista é impossível. E como a própria Fabiane afirma: “respeitar o outro e agir pensando no seu contexto é o primeiro passo para que possamos conviver em harmonia com as diferenças, não é fácil fazê-lo, mas também não é impossível”.
    Concordo novamente, relativizar não é impossível. Impossível é relativizar sempre. Acredito que há que se pensar bem, no que quer dizer relativizar. Sempre estaremos em contato com outros diferentes de nós, não há o que duvidar quanto a isso. Mas, afinal, o que é relativizar?
    Lembro que li no livro “O monge e o Executivo”, de James C. HUnter, que quando Jesus disse que devemos amar os nossos inimigos, Ele não estava dizendo que devemos gostar, querer as pessoas que nos fizeram ou fazem mal, mas sim que devemos respeita-las como seres humanos. Para mim relativismo é isso, relativismo é amor, no sentido de respeito. [E ainda, é muito importante dizer também que respeitar é uma coisa, aceitar é outra. Quer dizer, eu posso assumir uma posição relativista e respeitar os homossexuais, por exemplo, mas isso não quer dizer que eu me identifique com eles. Melhor dizendo, posso aceitar os homossexuais sem ter que necessariamente fazer parte do grupo. Não cabe a mim julgar a postura de ninguém, se é certa ou errada. Apenas a minha postura me compete julgar].
    Finalizando, remeto-me ao comentário da Lucimara: “(Relativizar proporciona) uma sociedade mais compreensível”. Espero ter-me feito compreender.

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  18. A partir do que li sobre o texto “O que é etnocentrismo” de Everaldo P. Guimarães Rocha me deparei com um pensamento completamente enraizado em nossa sociedade, já que o entendi como um conceito ligado a cultura, onde vemos o outro que é diferente de nós, não somente como outra visão de cultura e modo de vida, mas como algo ruim, já que não pensam como nós.
    Lendo a página 9 deste texto “o grupo do eu faz, então, da sua visão, a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do outro fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível.” ROCHA, Everaldo. Fiquei me perguntando como este tema está sendo tratado na escola, como os grupos menores são aceitos num grupo maior, o escolar. A partir das notícias que vejo nos telejornais e na mídia em geral, analiso que esta situação está bem complicada e que temos que estar preparados para ocorrências deste tipo quando começarmos o estágio.
    Porém, se os professores, em alguma disciplina, trouxessem a base da Antropologia que é “uma ciência que vê a diferença como forma pela qual os seres humanos deram soluções diversas a limites existenciais comuns, mostrando assim que a diferença não se equaciona como uma ameaça, mas como uma alternativa. Ela não é uma hostilidade do outro, mas uma possibilidade que o outro pode abrir para o eu.” ROCHA, Everaldo, fazendo discussões e seminários sobre este assunto em sala de aula, trazendo então o aluno a refletir sobre o tema, construindo no espaço escolar novas opiniões sobre o mesmo, se conseguiria uma sociedade um pouco mais relativizadora e menos radical em nosso cotidiano.

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  19. A partir do que li sobre o texto “O que é etnocentrismo” de Everaldo P. Guimarães Rocha me deparei com um pensamento completamente enraizado em nossa sociedade, já que o entendi como um conceito ligado a cultura, onde vemos o outro que é diferente de nós, não somente como outra visão de cultura e modo de vida, mas como algo ruim, já que não pensam como nós.
    Lendo a página 9 deste texto “o grupo do eu faz, então, da sua visão, a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do outro fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível.” ROCHA, Everaldo. Fiquei me perguntando como este tema está sendo tratado na escola, como os grupos menores são aceitos num grupo maior, o escolar. A partir das notícias que vejo nos telejornais e na mídia em geral, analiso que esta situação está bem complicada e que temos que estar preparados para ocorrências deste tipo quando começarmos o estágio.
    Porém, se os professores, em alguma disciplina, trouxessem a base da Antropologia que é “uma ciência que vê a diferença como forma pela qual os seres humanos deram soluções diversas a limites existenciais comuns, mostrando assim que a diferença não se equaciona como uma ameaça, mas como uma alternativa. Ela não é uma hostilidade do outro, mas uma possibilidade que o outro pode abrir para o eu.” ROCHA, Everaldo, fazendo discussões e seminários sobre este assunto em sala de aula, trazendo então o aluno a refletir sobre o tema, construindo no espaço escolar novas opiniões sobre o mesmo, se conseguiria uma sociedade um pouco mais relativizadora e menos radical em nosso cotidiano.

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  20. A partir da leitura do texto “O que é etnocentrismo?”, de Everardo Rocha, passamos a nos questionar sobre nossa própria forma de agir perante as diferenças com as quais nos deparamos todos os dias.
    Muitas vezes agimos de forma etnocêntrica sem nem mesmo percebermos, pois é extremamente difícil para qualquer pessoa aceitar ou até mesmo compreender diferentes culturas sem primeiramente demonstrar certo estranhamento, nos distanciamos naturalmente daquilo que não conhecemos, daquilo que não é familiar para nós.
    Temos, ainda, a tendência de julgar as ações dos outros como certo ou errado a partir de modelos de comportamentos próximos de nossa realidade, de nossa cultura. Não nos permitimos pensar no outro, em sua cultura, no seu próprio modo de ver as coisas, no seu ponto de vista. Partimos do pressuposto de que o que é diferente de nós está errado lançando sempre um olhar preconceituoso em direção ás diferenças.
    Devemos aprender a observar as ações dos outros não apenas como ações isoladas, mas considerando o contexto em que essas ações acontecem. Essa relativização é de extrema importância, principalmente para o professor, já que a sala de aula é um espaço onde se encontram muitas diferenças e o papel do professor é o de amenizar o choque cultural causado por essas diferenças. Portanto, é muito importante que o professor tenha um olhar livre de preconceitos, que ele consiga se colocar no lugar do outro tentando entender seu modo de ser e de agir.
    Nós como futuros professores devemos refletir sobre as diferenças culturais e sociais que compõem uma sala de aula levando sempre em consideração as vivencias individuais de cada um, sua história, suas crenças e valores, fatores esses, que norteiam o modo de vida de cada pessoa e determinam suas ações. Também não podemos ignorar o contexto em que ocorre cada ação, pois diferentes contextos dão sentidos também diferentes às mesmas ações.

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  21. etnocentrismo é uma visao do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros sao pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definiçoes do que é a existencia.

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